14/11/2007

Ermida

Acabei de chegar a casa. A seguir ao almoÇo decidi ir dar uma passeio sozinha pela Vila para desenhar (a ver se nao lhe perco o jeito).
Comecei a subir e fui até à Ermida. Quando cheguei lá acima... Bem... Foi assim um momento "daqueles". Nao havia mais ninguém ali, nem sequer perto e o único barulho que se ouvia era o do vento (que nao era pouco). A primeira visao que se tem é uma grande área de chao ladrilhado, cor de terr,a com pequenas oliveiras plantadas seguindo uma geometria meticulosa, encerradas em canteiros. Numa ponta, por entre as oliveiras, via-se um aglomerado de cactos e a toda a volta as montanhas. A quebrar esse pano de fundo estava a Ermida, que ali tao isolada, apesar de ser muito simples, torna-se imponente.
Só queria que estivessem ali comigo para sentirem como eu, aqui nao vou conseguir explicar...
O Sol já estava a baixar e nessa altura do dia, parece que tudo fica mais poético e com uma vida qualquer que nao tem durante o dia.
O desenho de linhas paralelas e perpendiculares do chao era imperativo: "dirige-te para aqui ou para aqui, mas parada aí na entrada nao podes ficar!" e lá comecei a andar por um dos lados da ermida. Era assim uma sensaÇao idílica, sei lá. Pode parecer parvo, mas desde que cheguei, este foi o sítio mais bonito onde estive. Ou melhor, o momento mais bonito onde estive.
Continuei a andar devagar e sentei-me ao pé de um pinheiro grande que apoiava toda a sua sombra na ermida. As montanhas têm um desenho tao suave aqui. Aqui, as montanhas ondulam.
Comecei a desenhar a carvao, mas aquilo em que mais reparei o tempo todo foi no amarelo cada vez mais torrado do pôr-do-Sol. Olhei para trás e pensei que descobri o sítio perfeito, o sítio onde o Sol de certeza se prefere pôr. Foi qualquer coisa...vè-lo a esconder-se cada vez mais atrás das montanhas, e a deixar para trás uma tinta qualquer que dourava tudo: os meus cabelos, a minha folha, as paredes da ermida, as folhas das oiveiras, as pinhas, o chao, os telhados das casas... Ali temos a vila aos nossos pés, como um aglomerado de chapéus.
Hora de ir para casa, com a certeza de voltar amanha e sempre que apetecer. É sem dúvida o meu sítio especial aqui e assim, aqui, já me sinto mais especial.
No caminho muitos miúdos a brincar. Parece que todos acharam graÇa à minha bóina, porque paravam a olhar:)

09/11/2007

Raciocínio

Desde que cheguei a Espanha, do que bebo no bar, ainda só paguei uma Cubata. O resto pagaram-me.
A semana passada ganhei nos dardos e quem tinha de me pagar bebidas nao pagou.
Será que vale a pena hoje esforÇar-me por ganhar de novo?

08/11/2007

Telegráfico

Tenho para contar coisas boa, nao muito má e muito má. Nao apetece escrever muito...
Boa: finalmente comecei ginásio!
Nao muito má (podia ser pior) : queimei testa água ferver!
Muito má: nem apetece escrever outra vez sobre... Já escrevi na botica...

30/10/2007

Simplesmente

Gosto mesmo de estar com muitas pessoas pá!

28/10/2007

Galego/Português:descobrir diferenÇas

O que é que se faz quando um espanhol amigo de amigos, o Guillermo, está podre de bêbedo e insiste que se falar comigo em Galego, é igual ao português. Já para nao falar que estou à porta do bar a querer sair porque estao à minha espera e ele nao se cala, ainda me diz: "Yo sé, yo sé lo que hacen allí, en portugues es: vao para a rua para as caralhadas. Es así, no?"... Ora e isto insistentemente, sem o querer mandar calar, mas...
Ora.... Que é que se diz numa situaÇao destas?... "NAO!"
Parece que "caralhadas" lá na Galícia significa "festas". Bom... Lá lhe tentei explicar que em portugal dizer a alguém que "vais para as caralhadas" ou "vais fazer caralhadas", nao seria uma história com final feliz.

25/10/2007

Pies del arco-iris

Después de una tarde nublada, oscura estudiando....
... los miro!!!! :-p
Donde me llevarán?!

Animal de hábitos

O Homem é mesmo um animal de hábitos. E a mulher também. Por isso eu nao sou excepÇao.
Depois de ter comeÇado aqui um tipo de vida tao diferente do que tenho levado, já comeÇo a criar algumas raízes e a repetir acÇoes do dia-a-dia.
Por exemplo:
Acordo sempre entre as 11h e o 12h.
Abro a janela do quarto.
Como cereais com leite e uma peÇa de fruta.
Venho fazer a cama, fecho a janela e vou tomar banho.
A partir daí o dia já varia com mais uma ou duas opÇoes! Ou vou às compras antes de almoÇo, almoÇo por aqui tardiamente ou em casa dos pais do meu cunhado.
Se almoÇo lá, pois a seguir é provável que vá tomar café ao Skylab com a Mari e dois dedos de conversa.
Posso também vir para casa estudar, ou dormir sesta ou ver televisao.
Ao fim do dia, por volta das 20h, para o bar tomar uma cerveja ou um tinto de verano. Se o dia seguinte é dia de trabalho, voltamos a casa por volta das 22h ou coisa que o valha, janto e vejo um filme ou vamos a uma sessao de Wii ou PlayStation ou de Singstar. Se é sexta ou sábado à noite, depois do jantar, empiriquitamo-nos (ou nao!) e voltamos para os bares (agora para umas cubatas, conversas interessantes e pipas) ou para alguma festa numa cidadela próxima.
Ao domingo, ou excepcionalmente ao sábado, é dia de almoÇar fora. Daqueles almoÇos que comeÇam às 14h e acabam às 18h.
Pronto, acho que estes sao aqueles hábitos fixos, sujeitos a alteraÇoes sem aviso prévio. O resto é preenchido com coisas nao fixas que fazem parte da vida! Credo! Djisas!
E vocês? Que é que andam a fazer?